O sentimento dos construtores de casas nos EUA manteve-se moderado em novembro, no meio de preocupações com o mercado de trabalho.
O optimismo dos construtores residenciais nos EUA manteve-se moderado em Novembro, com as preocupações sobre o mercado de trabalho e as finanças das famílias a afectarem a procura e a contribuírem para um aumento da quota de construtores que reduziram os preços para diminuir o stock de novas habitações.
O optimismo dos construtores residenciais nos EUA manteve-se moderado em Novembro, com as preocupações sobre o mercado de trabalho e as finanças das famílias a afectarem a procura e a contribuírem para um aumento da quota de construtores que reduziram os preços para diminuir o stock de novas habitações.
O índice do mercado imobiliário da Associação Nacional de Construtores de Casas/Wells Fargo subiu um ponto para 38 este mês. Manteve-se abaixo do ponto de equilíbrio de 50 pelo 19º mês consecutivo. Os economistas consultados pela Reuters previam que o índice se mantivesse inalterado em 37.
O pequeno aumento poderá reflectir uma descida das taxas hipotecárias quando a Reserva Federal retomou os seus cortes nas taxas de juro. Mas as taxas hipotecárias travaram a sua queda, como mostraram dados da agência de financiamento imobiliário Freddie Mac, uma vez que as autoridades do banco central dos EUA sinalizaram relutância em reduzir novamente as taxas no próximo mês.
A estagnação do mercado de trabalho está a afastar potenciais compradores de imóveis, e o stock de novas habitações estava elevado em agosto, limitando as possibilidades de as empresas de construção iniciarem novos projetos.
"Continuamos a observar uma fraqueza na procura, uma vez que um mercado de trabalho em desaceleração e as finanças dos consumidores em situação precária contribuem para um ambiente de vendas difícil", afirmou Robert Dietz, economista-chefe da NAHB.
A falta de habitação acessível tornou-se um tema político controverso. Este mês, o presidente Donald Trump propôs um financiamento imobiliário a 50 anos para tornar a habitação mais acessível, uma ideia que foi fortemente criticada por alguns dos seus apoiantes e por especialistas do mercado imobiliário, que argumentaram que isto resultaria em proprietários a pagar mais juros e a demorar mais tempo a acumular património.
A Associação Nacional de Mediadores Imobiliários (NAR, na sigla em inglês) estimou este mês que a idade média dos compradores de imóveis pela primeira vez é de 40 anos. Na década de 1980, o comprador típico de imóveis tinha quase 30 anos, segundo a NAR.
A medida das condições de vendas atuais, segundo o inquérito, subiu dois pontos, atingindo este mês os 41, enquanto o indicador de vendas futuras desceu três pontos, para 51. Já o indicador de fluxo de potenciais compradores subiu um ponto, para 26.
A proporção de empresas de construção que reportaram uma redução de preços aumentou para 41%, o índice mais elevado desde maio de 2020. A redução média de preços manteve-se inalterada em 6%, enquanto a proporção de empresas de construção que utilizaram incentivos foi de 65%, mantendo-se estável desde setembro.
"Cada vez mais construtores estão a utilizar incentivos para fechar negócios, incluindo a redução de preços, mas muitos potenciais compradores ainda estão indecisos", disse Buddy Hughes, presidente da NAHB.


