O Governo brasileiro fechou na terça-feira o Banco Master, um banco com ativos estimados em até 16 mil milhões de dólares, após uma extensa investigação da Polícia Federal sobre fraudes.
O diretor executivo do Banco Central, Fabio Carlos Ferreira, afirmou em comunicado que foram apreendidos todos os ativos pertencentes ao Banco Master e aos seus administradores, atuais e antigos. O banco, que enfrenta problemas de liquidez há meses, está agora sob o controlo de um administrador nomeado pelo governo.
Os clientes e credores procurarão recuperar o seu dinheiro de uma entidade privada patrocinada por outros bancos, um procedimento padrão nas crises bancárias brasileiras anteriores.
Horas antes, o diretor-geral da Polícia Federal brasileira, Andrei Rodrigues, disse aos parlamentares que a corporação tinha descoberto uma fraude de 12 mil milhões de reais (2 mil milhões de dólares) no sistema bancário do país. Não confirmou publicamente se o caso envolvia o Banco Master ou o banco estatal BRB, que tentou adquirir o Banco Master há meses, mas viu a sua tentativa negada pelas autoridades.
A Polícia Federal do Brasil informou que a operação de terça-feira teve como alvo instituições financeiras suspeitas de gestão fraudulenta e irresponsável, além de envolvimento em organização criminosa, entre outros crimes. A corporação confirmou a detenção de seis pessoas, o bloqueio de milhares de milhões de reais e a apreensão de carros de luxo, obras de arte e relógios.
A polícia afirmou ainda que o caso envolve um banco que emitiu obrigações com taxas de juro muito acima da média do mercado e outro banco que as comprou, apesar dos riscos de liquidez.
Os meios de comunicação locais noticiaram que vários executivos, incluindo um acionista importante, foram detidos. A Polícia Federal brasileira não respondeu ao pedido da Associated Press para confirmar os nomes dos bancos envolvidos na operação de terça-feira, nem dos executivos e ex-executivos detidos até ao momento.
Pouco antes do encerramento do Banco Master, o grupo de investimento brasileiro Fictor anunciou ter chegado a acordo para o comprar. A operação, porém, foi cancelada.
O ministro das Finanças do Brasil, Fernando Haddad, manifestou confiança na decisão do Banco Central, afirmando que a paralisação foi ordenada após uma investigação minuciosa.
“O banco central é a autoridade reguladora do sistema financeiro e estou certo de que, para ter chegado a este ponto, o processo deve ter sido muito robusto”, disse Haddad.
Fonte: AP
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