Ações da Intel sobem após notícia de que a administração Trump está de olho na participação na empresa
AdãoResumo:
As ações da Intel subiram mais de 3% após relatos de que a administração Trump pode assumir uma participação para apoiar o seu complexo de chips de Ohio, de 100 mil milhões de dólares, parte de esforços mais amplos para impulsionar o fabrico de semicondutores nos EUA.
As ações da Intel (INTC) subiram mais de 3% no início da sessão de sexta-feira, após um relatório de que o governo dos EUA está a considerar adquirir uma participação na fabricante de chips em dificuldades.
Segundo a Bloomberg, o plano poderá incluir a ajuda do governo à Intel para a construção do seu complexo de chips em Ohio, que a empresa teve de adiar como parte do seu esforço contínuo de recuperação. A Intel anunciou a instalação em 2022 com um investimento inicial de 20 mil milhões de dólares, que pode chegar aos 100 mil milhões de dólares ao longo do tempo.
A Intel não quis comentar o relatório.
Em comunicado, um porta-voz da empresa afirmou: "A Intel está profundamente empenhada em apoiar os esforços do Presidente Trump para fortalecer a liderança tecnológica e industrial dos EUA. Estamos ansiosos por continuar o nosso trabalho com a administração Trump para promover estas prioridades partilhadas, mas não comentaremos rumores ou especulações."
As ações da Intel subiram 18% nos últimos 12 meses e 22% no acumulado do ano.
O relatório surge após a reunião do presidente Trump com o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, na segunda-feira.
O local em Ohio deveria incluir duas novas fábricas e começar a produzir chips até 2025, mas isso foi adiado para a década de 2030. O CEO Lip-Bu Tan, que assumiu o cargo quando o ex-CEO Pat Gelsinger foi demitido pelo conselho da empresa devido à lenta recuperação em 2024, adiou ainda mais a fábrica.
A administração Trump está a fazer um grande esforço para repatriar a fabricação de chips nos Estados Unidos.
A Intel e as suas rivais TSMC (TSM), Samsung e outras têm trabalhado para construir mais fábricas de chips nos EUA desde que o governo de Biden assinou o CHIPS Act em 2022.
Parte do plano da Intel sob o comando de Gelsinger era transformá-la num fabricante de chips terceirizado, semelhante à TSMC. Mas a estratégia encontrou problemas. Até à data, o principal cliente da fundição ainda é a Intel, e a empresa enfrenta alegadamente dificuldades para levar a sua tecnologia de chips 18A ao nível necessário para satisfazer os clientes.
A Intel assinou acordos para fabricar chips para a Amazon (AMZN) e a Microsoft (MSFT), utilizando os seus designs de chips.
Trump pediu inicialmente a Tan que renunciasse ao cargo de CEO da Intel devido aos seus investimentos em empresas tecnológicas chinesas, mas recuou na posição depois de se reunir com ele na segunda-feira.
A Intel ainda está longe de fazer qualquer progresso significativo no espaço da IA, cedendo o mercado à Nvidia e à sua rival AMD.
No início desta semana, a Casa Branca anunciou que o governo dos EUA ficará com 15% das vendas de chips Nvidia e AMD enviadas para a China, um acordo não convencional que destaca o crescente foco do governo na indústria de semicondutores.
Fonte: finanças.yahoo
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